segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Diário de Bordo da Turnê Encantoria no Rio Acre - #7

Colônia Primavera - Rio Branco/Acre
15/02/2013
Escrito por Rodolfo Minari
Fotos por Talita Oliveira



Acordamos, descemos muito devagar o mais alto barranco que encontramos na viagem. Seguimos descendo. Paramos na casa de Seu Manuel, para vê-lo e devolver sua faca, a com que Rafa quase decepou o próprio dedo, tirando castanha da casca. Mas ninguém estava lá – só uma pessoa cuidando da casa. Na Novinha, a mesma coisa. Tínhamos agendado a apresentação, mas para o dia anterior, e não conseguimos ligar avisando. Lá só estava um senhor que conhecemos na ida, e que não enxerga quase nada...

O maior de todos os barrancos...

Constatou-se, ainda que Lua estava com catapora, e, somando-se as coisas, cogitamos seguir até Rio Branco e substituir a apresentação por uma na Transacreana, ou no Ceasa.

Lídia e Lua.

Mas Seu Serafim se deu conta de que já eram 16h e só seria possível chegar a Rio Branco à noite, o que não queríamos. Ele informou então de outro lugar onde morava uma família amiga, chefiada por um velho de quem gostava muito.

Aportamos nesse local. Mercearia Primavera, li. Subimos o barranco, bastante liso e muito cheio de lixo e fomos recebidos por uma menina de 11 anos, chamada Regiane, com uma garrafa de café. Nos acolheu, situou e conversou ativamente conosco, uma excelente anfitriã com um sorriso lindo que a Talita fotografou várias vezes. Seu irmão mais velho também estava em casa, porém, mais introvertido que a irmã, preferia esperar lá dentro quieto, até o pai voltar. Este estava trabalhando, ali perto. E o velho tinha ido à cidade, abastecer a venda, que na ocasião não tinha nada pra vender.


Chegando na colônia Primavera.
Regiane

Com a chegada do pai, conhecemos o irmão. Ele já repetiu uma série. A menina não. “Mas o vô gosta desse menino, ó”, dizia Regiane, e nos aprontou uns bodós, de sal, salpicados de açúcar.

Pra dormir o barracão da sinuca, para armar barraca e rede, e colchões, camas, dentro da casa, “hotel cinco estrelas”, dizíamos, onde viviam, aqui e ali, três jabutis.
 

Nenhum comentário: